O impacto das TIC na vida de meninas, meninos e adolescentes
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Estudo qualitativo apresenta diferenças e desigualdades de gênero no uso de tecnologias por meninas, meninos e adolescentes e foi elaborado por Cetic.br|NIC.br, UNESCO Montevidéu e Cátedra Regional UNESCO Mulher, Ciência e Tecnologia na América Latina
A UNESCO Montevidéu apresenta o estudo sobre as diferenças e desigualdades de gênero no acesso e uso das TIC por parte de meninas, meninos e adolescentes, elaborado pelo Cetic.br|NIC.br e a Cátedra Regional UNESCO Mulher, Ciência e Tecnologia na América Latina da FLACSO-Argentina.
É indiscutível que as tecnologias de informação e comunicação (TIC) desempenham um papel cada vez mais importante na vida das novas gerações, porém ainda se evidenciam desigualdades entre os gêneros, que vão além do acesso.
As implicações dessas tecnologias na vida cotidiana da população infantojuvenil são holísticas: impactam sua educação, saúde física e mental, entretenimento, desenvolvimento sociocultural, vida política, entre outros aspectos. E, embora muitas vezes as políticas públicas sejam desenhadas integrando esses impactos, nem sempre consideram as opiniões, valorizações e experiências de crianças e adolescentes.
Neste contexto, o escritório regional de Ciências da UNESCO para a América Latina e o Caribe, através do seu programa de Informação e Comunicação, apresenta a publicação Meninas, meninos e o uso da Internet em São Paulo e Buenos Aires: estudos a partir de uma perspectiva de igualdade de gênero, elaborada por pesquisadores e pesquisadoras do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), departamento do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), – e da Cátedra Regional UNESCO Mulher, Ciência e Tecnologia na América Latina da FLACSO-Argentina. A publicação explora, particularmente, as desigualdades de gênero relacionadas com as experiências de meninas, meninos e adolescentes com as tecnologias digitais nas cidades de São Paulo (Brasil) e Buenos Aires (Argentina).
“As TIC representam a mudança técnica mais rápida e profunda experimentada na região e, de fato, no mundo. É por isso que se desenvolveu um método pedagógico global robusto para facilitar a educação de um grande número de crianças. No entanto, é fundamental discutir e oferecer recomendações para a participação infantojuvenil nas leis, políticas e estratégias dessas tecnologias”, afirmou Lidia Brito, diretora do Escritório Regional de Ciências para a América Latina e o Caribe.
Os resultados do estudo mostram como as experiências online das meninas e dos meninos são influenciadas por questões de gênero, assim como a diferença no aproveitamento das oportunidades, a grande preocupação com a autopresentação nas redes sociais, os riscos relacionados à privacidade e a violência que experimentam nos ambientes digitais.
“O estudo sustentou-se em uma premissa pouco explorada: os usos das TIC por crianças e adolescentes estão mais relacionados com seus espaços de socialização do que com as características dos ambientes digitais. As descobertas demonstram a importância de analisar as lacunas digitais de gênero e sua relação com os diferentes grupos e contextos sociais”, destacou Gloria Bonder, coordenadora da Cátedra Regional UNESCO Mulher, Ciência e Tecnologia na América Latina, FLACSO-Argentina.
Esta publicação tem por objetivo sensibilizar os diferentes atores sobre a pertinência de levar em conta a perspectiva de gênero na formulação das políticas públicas relacionadas ao uso das TIC por parte de meninas, meninos e adolescentes. Os esforços conjuntos para reduzir as desigualdades identificadas no presente estudo são essenciais para potencializar os aspectos positivos da Internet e maximizar as oportunidades que oferece tanto às meninas quanto aos meninos.
“Analisar o acesso e o uso das TIC por crianças e adolescentes através de uma abordagem qualitativa, baseada em uma perspectiva de gênero, é extremamente relevante para a elaboração de políticas públicas inclusivas que abordem as oportunidades e consequências, muitas vezes desiguais, das tecnologias.” afirmou Tatiana Jereissati, coordenadora de Métodos Qualitativos e Estudos Setoriais de Cetic.br|NIC.br.
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