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Especialistas internacionais destacam os 20 anos da Parceria para Medição das TIC para o Desenvolvimento


29 AGO 2024



Evento do Cetic.br marcou lançamento de publicações TIC 2023 - Domicílios, Empresas e Governo Eletrônico, além de celebrar o aniversário da Parceria

Com a presença de representantes de agências das Nações Unidas e de outras organizações internacionais, o Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), promoveu nessa segunda-feira (26/8) o painel “Olhando à Frente para o Futuro da Transformação Digital”. O encontrou foi marcado pela comemoração do 20º aniversário da Parceria para Medição das TIC para o Desenvolvimento (“Parceria”), formada por agências da ONU e outros organismos internacionais, que tem sido fundamental na definição de padrões e métodos globais para a coleta de indicadores TIC. O evento também marcou o lançamento das publicações de 2023, das TIC Domicílios, TIC Empresas e TIC Governo Eletrônico.

Durante a abertura, o diretor-presidente do NIC.br, Demi Getschko, destacou o sucesso dos modelos adotados pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e do NIC.br, internacionalmente elogiados, e a confiança depositada na estrutura e funcionamento do domínio “.br”. “Com o superávit do ‘.br’, conseguimos devolver para a sociedade, seja por meio das pesquisas TIC ou dezenas de outras iniciativas, os recursos que os brasileiros investem no Registro brasileiro”, pontuou.

O gerente do Cetic.br, Alexandre Barbosa, destacou o papel do Cetic.br na produção contínua e robusta de dados estatísticos sobre as Tecnologias de Informação e Comunicação, e o apoio institucional, técnico e metodológico de mais de 120 especialistas nos três campos das pesquisas: TIC Domicílios, TIC Empresas e TIC Governo Eletrônico. Destacou também o papel que elas desempenham no subsídio para o desenvolvimento de políticas públicas. “São dados absolutamente fundamentais para compreender as desigualdades digitais ainda existentes no nosso país, em especial entre as populações mais vulneráveis, com baixa renda e escolaridade”, afirmou.


(Foto: Ricardo Matsukawa/Divulgação NIC.br)

Painel
Moderado pela coordenadora do CGI.br, Renata Mielli, o debate teve a participação de Deniz Susar (United Nations Department of Economic and Social Affairs - UNDESA), Esperanza Magpantay (International Telecommunication Union - ITU), Scarlett Fondeur Gil (UN Trade and Development - UNCTAD) e Sebastián Rovira (Economic Commission for Latin America and the Caribbean - ECLAC).

"Além da comparabilidade dos dados, da produção de indicadores que podem ser desagregados, e de todo o rigor técnico, avançamos a cada ano, buscando incorporar nas pesquisas novos aspectos, como as habilidades digitais dos usuários brasileiros", comentou Renata Mielli, coordenadora do CGI.br.

Ao ser questionada sobre as estratégias que a Parceria deve adotar para continuar relevante e eficaz diante do avanço de tecnologias como a inteligência artificial, Esperanza Magpantay, da União Internacional de Telecomunicações (UIT) defendeu que os objetivos originais da Parceria sejam mantidos, quais sejam, melhorar a qualidade e disponibilidade dos indicadores TIC. "E ao fazer isso, precisamos adaptá-los aos novos serviços e novas tecnologias. A área de “lixo eletrônico”, por exemplo, é algo emergente em que precisamos nos debruçar."

Para Scarlett Fondeur Gil, da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD, em inglês), a Parceria para Medição das TIC para o Desenvolvimento chama atenção para o fato de que a exclusão digital vai além da falta de acesso às tecnologias, e tem relação direta com a conectividade significativa. Também pontuou que a Parceria continuamente promove o link entre os produtores de estatísticas TIC e formuladores de políticas digitais. "Isso significa que sempre lembramos aos formuladores de políticas da necessidade de estatísticas confiáveis, para formular e monitorar o acesso e uso das TIC.” Fondeur Gil acrescentou que novos parceiros serão sempre bem-vindos. “Há alguns anos estamos tentando incluir a Organização Mundial de Saúde (OMS) em nossos esforços dentro da Parceria, para que ela possa nos ajudar no desenvolvimento das estatísticas de TIC na Saúde”, completou.

Já Deniz Susar, do Departamento das Nações Unidas para Assuntos Econômicos e Sociais (UNDESA, em inglês), lembrou do protagonismo brasileiro nos temas da governança da Internet. “Vocês mostraram isso no NETmundial, 10 anos atrás, e mais recentemente no NETmundial+10. Eu encorajo todos a lerem a Declaração final do encontro”, afirmou. Deniz promoveu uma reflexão sobre cidades inteligentes e tratou ainda da integração de novas tecnologias no ambiente público. “Ao falarmos em cidades inteligentes, precisamos considerar quão “inteligentes” elas são de fato. Com rápidas mudanças tecnológicas, conseguiremos ser suficientemente inteligentes? Que tipo de indicadores precisaremos para medir essas coisas inteligentes que estão por toda parte? Pode ser big data, pode ser IA, mas precisaremos de indicadores para medir seu uso e acesso. Hoje, 55% das pessoas moram em cidades, mas em 2050 serão quase 70%. É muito importante que as cidades forneçam serviços públicos digitais e meçam o uso desses serviços efetivamente”.

Ao falar sobre os temas que serão prioritários para o futuro da agenda digital na América Latina e Caribe, Sebastián Rovira, da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), disse ser importante entender as desigualdades entre os países. "Devemos definir novas formas de medições para entender melhor como nossa população está incluída ou não na transformação digital, e como podemos contribuir e definir novas políticas e elementos que promovam a apropriação dessas tecnologias", disse. Nesse sentido, Sebastian concluiu dizendo que o trabalho realizado pelo Cetic.br tem sido uma referência para outras instituições da América Latina e Caribe.

Para conferir as publicações lançadas no encontro que, além de indicadores, trazem artigos de especialistas sobre os temas relacionados às pesquisas TIC, acesse os links abaixo:

TIC Domicílios 2023: https://cetic.br/pt/pesquisa/domicilios/publicacoes/

TIC Empresas 2023: https://cetic.br/pt/pesquisa/empresas/publicacoes/

TIC Governo Eletrônico 2023: https://cetic.br/pt/pesquisa/governo-eletronico/publicacoes/

Reveja o debate em: https://www.youtube.com/watch?v=oThD9yeUbbk

Sobre o Cetic.br
O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), do NIC.br, é responsável pela produção de indicadores e estatísticas sobre o acesso e o uso da Internet no Brasil, divulgando análises e informações periódicas sobre o desenvolvimento da rede no País. O Cetic.br|NIC.br é, também, um Centro Regional de Estudos sob os auspícios da UNESCO, e completa 19 anos de atuação em 2024. Mais informações em https://cetic.br/.

Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br (https://nic.br/) é uma entidade civil de direito privado e sem fins de lucro, encarregada da operação do domínio .br, bem como da distribuição de números IP e do registro de Sistemas Autônomos no País. O NIC.br implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil - CGI.br desde 2005, e todos os recursos arrecadados provêm de suas atividades que são de natureza eminentemente privada. Conduz ações e projetos que trazem benefícios à infraestrutura da Internet no Brasil. Do NIC.br fazem parte:  Registro.br (https://registro.br/), CERT.br (https://cert.br/), Ceptro.br (https://ceptro.br/), Cetic.br (https://cetic.br/), IX.br (https://ix.br/) e Ceweb.br (https://ceweb.br/), além de projetos como Internetsegura.br (https://internetsegura.br/) e Portal de Boas Práticas para Internet no Brasil (https://bcp.nic.br/). Abriga ainda o escritório do W3C Chapter São Paulo (https://w3c.br/).

Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br
O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da Internet (https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003). Mais informações em https://cgi.br/.

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