Programação
Palestra de abertura: Superando a falta de dados: construindo políticas reais para pessoas reais
Sonia Jorge
Minicurso 1 – Avaliação de políticas públicas e o ecossistema das TIC
–
27 e 28 de Abril
Inscreva-se
Alison Gillwald
DIA 01
Sessão 1: O ecossistema das TIC e a formulação e regulação de políticas públicasObjetivo: Identificar os desafios de políticas públicas baseadas em evidências em um sistema de comunicação globalizado e com recursos limitados.
- A natureza da governança global e nacional
- Agentes da reforma: digitalização, liberalização e democratização
- A natureza do Estado: interação entre Estado e mercado
- Reforma do setor de telecomunicações: economia das indústrias de infraestrutura
- Mensuração de resultados das políticas versus seus objetivos
Objetivo: Avaliar a qualidade das evidências em índices globais (e melhorar a nossa capacidade de fazê-lo de forma crítica).
- Quão robusta é a evidência?
- Quais são as fontes de dados subjacentes e quão eficazes são os indicadores de desempenho?
- Quais dados são necessários para melhorar esses índices?
- Quais dados estão disponíveis?
- Quem está financiando e disseminando a ‘pesquisa’?
Objetivo: Entender as vantagens e as limitações da pesquisa de percepção como evidência do desempenho regulatório.
- Valor e limitação das pesquisas de percepção
- Garantindo o anonimato: construindo confiança e credibilidade
- Questões metodológicas: técnicas para a robustez, a verificação e a triangulação através de análises reflexivas e técnicas de entrevista em profundidade
- Análises longitudinais e comparativas
Objetivo: Refletir sobre como superar eventuais problemas associados aos dados das operadoras, de modo a fomentar uma regulação baseada em evidências e monitorar o cumprimento dos objetivos das políticas públicas no setor.
- Indicadores-chave de TIC/Telecomunicações: acesso, preços e qualidade do serviço
- Confiabilidade dos dados e pontualidade
- Superando a falta de dados do lado da oferta
- Desafios na avaliação de preços em um contexto de convergência entre voz e dados
DIA 02
Sessão 5: Indicadores de demanda para a formulação e avaliação de políticas públicasObjetivo: Compartilhar estratégias e metodologias que vão além dos indicadores nacionais básicos e descritivos que resultem em dados necessários para as políticas públicas do setor.
- Uso de dados do censo e de pesquisas domiciliares para a produção de dados TIC em nível nacional e regional
- Entrevistas em profundidade em domicílios, com indivíduos e no setor informal, para entender as motivações e barreiras para uso e acesso à banda larga fixa e móvel
- Estratégias visando redução de custos
- Métodos qualitativos para suplementar/informar dados quantitativos
Objetivo: Entender as condições de mudança de mercados dinâmicos e como instrumentos regulatórios de mercados estáticos de regulação (regulação do setor e competição ex ante) podem ter efeitos negativos inesperados sobre o investimento e a inovação.
- Da regulação estática à regulação dinâmica
- Investimento e inovação
- A economia das redes
- Regulação adaptativa
Objetivo: Pensar no potencial do big data para responder certas questões de políticas nacionais (não apenas de TIC) e no seu impacto em outros campos de estudo e métodos, bem como salvaguardar o acesso a ele como um interesse público.
- Definições big data: conceitos de propriedade dos dados
- Privacidade e anonimato
- O potencial do big data e dados abertos como bem público
Objetivo: Compartilhar a experiência da OCDE na coleta e análise de dados para a formulação de políticas.
- Apresentação dos destaques do relatório “OECD Digital Economy Outlook 2015”
- A experiência da OCDE na coleta de dados para análise regulatória e de políticas públicas
Minicurso 2 – Desenho de Pesquisa Qualitativa e Análise de dados
–
29 e 30 de Abril
Inscreva-se
Liz Spencer
DIA 01
Sessão 1: Desenho de Pesquisa QualitativaObjetivo: Oferecer aos participantes um bom entendimento do planejamento e preparação necessários para a condução de um projeto de pesquisa qualitativo.
- A natureza da pesquisa qualitativa – o que ela pode e o que não pode abranger
- Principais métodos e técnicas
- Desenvolvendo questões para pesquisas qualitativas
- Escolhendo uma estratégia de pesquisa adequada
- Desenhando roteiros para uso em entrevistas ou grupos focais
- Desenhando uma amostra qualitativa
- Avaliando a ‘qualidade’ de uma pesquisa qualitativa
DIA 02
Sessão 2: Análise de dados qualitativosObjetivo: Aprender a dar sentido ao dado qualitativo e adquirir os fundamentos para uma análise temática.
- Abordagens alternativas para análise qualitativa
- Estágios chave do processo analítico
- A contribuição de softwares de análise assistida
- Gestão de dados
- Desenvolvendo categorias qualitativas
Sonia N. Jorge é especialista na confluência de políticas de desenvolvimento e de comunicações. Ela tem mais de 20 anos de experiência internacional no setor privado e também no setor sem fins lucrativos. Seu trabalho incluiu políticas de TIC e conselho e análises para regulamentação, planejamento estratégico da indústria, desenvolvimento de TIC / política nacional de banda larga, a criação de novos marcos legais e de regulação (para tratar de questões como a concorrência, a interconexão, o preço baseado em custo, a alocação e gestão de espectro, compartilhamento de infra-estrutura e convergência), entendendo o acesso universal e inclusão digital no contexto do desenvolvimento, e promovendo a análise de gênero e conscientização no processo de planejamento das TIC. Sonia já trabalhou em mais de 20 países ao redor do mundo, incluindo muitos na África, América Latina e Caribe e Ásia. Ela tem mestrado em Políticas Públicas (Universidade de Tufts) e um BA / BS em Economia e Finanças (Universidade de Massachusetts) e é fluente em Português, Espanhol e Inglês. Sonia Jorge assumiu seu cargo atual em 1º de Julho de 2013, tendo sido anteriormente Diretora de Pesquisa e Consultoria da Pyramid Research, uma empresa UBM.
Alison Gillwald é Diretora Executiva da Research ICT Africa e professora adjunta no programa de Gestão de Reforma e Regulação de Infraestrutura da Escola de Pós-Graduação em Administração da Universidade da Cidade do Cabo, onde ela lidera um programa de treinamento em políticas TIC e regulação para formuladores de políticas, reguladores e parlamentares, além de supervisionar alunos de doutorado. Alison foi nomeada pelo então presidente Mandela por recomendação do Parlamento para integrar o conselho de fundação da Autoridade Regulatória das Telecomunicações Sul-Africanas (South African Telecommunications Regulatory Authority – SATRA). Antes disso ela criou o departamento de políticas públicas na primeira Autoridade de Radiodifusão independente.
Ela também atuou no primeiro órgão nacional digital consultivo sul-africano, que relatou sobre a migração digital em 2001; na diretoria da emissora pública; na Corporação Radio difusora Sul-Africana; e atualmente é vice-presidente do Conselho Consultivo Nacional de Banda Larga SA. Em 2013 ela ajudou o Ministério da Comunicação com o Plano de Banda Larga da África do Sul: SA Connect, e em 2014 ela atuou no Painel Estratégico em Inovação Multistakeholder da Presidência da Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números (Internet Corporation for Assigned Names and Numbers – ICANN).
Liz Spencer é socióloga e membro da Academia de Ciências Sociais e da Royal Society of Arts e especialista em métodos qualitativos desde 1973. Ela ocupou postos em uma série de universidades britânicas, incluindo a London School of Economics, London Graduate School of Business Studies, University of Kent e a University of Essex, e foi Diretora de Pesquisa do Centro Nacional para Pesquisas Sociais (National Centre for Social Research).
Leciona minicursos para a Associação de Pesquisa Social (Social Research Association) e para as Universidades de Hong Kong, Fribourg, Aberdeen e Essex, além de atuar como professora visitante do Institute for Higher Studies in Vienna.
Atualmente Liz é consultora de pesquisa independente e sócia da Q2 training Complete. Suas publicações recentes incluem Rethinking Friendship: Hidden Solidarities Today; capítulos em Qualitative Research Practice (Ritchie et al, 2013), e um relatório para o Gabinete do Governo sobre como julgar a qualidade de uma pesquisa qualitativa ou de uma avaliação. Junto com Jane Ritchie, foi responsável por um framework pioneiro que traz uma abordagem baseada em uma matriz de gestão e exibição de dados.